quarta-feira, junho 30, 2004

Dor silenciosa
Choro sem som, sem soluço. Dor profunda e calada. Sofrimento de uma mãe ao ver o filho algemado (...) Não sei a história. Mas vi que o rapaz é bem novo e a senhora, idosa. Vi que a dor é forte e deixa marcas. Vi que a dor vai além da vítima e do criminoso. Aliás, tenho visto(...).

Para ler o complemento do texto DOR SILENCIOSA, acesse www.verbosolto.blog-se.com.br


* Artigo publicado no jornal Monitor Campista em 22/06/2004.

Diário das detentas
Clique aqui para ler mais sobre o jornal ("Só isso") que detentas de Bangu lançam nesta sexta-feira. Está aberto um novo campo de trabalho para os coleguinhas. Achei a idéia ótima. A primeira edição traz artigo da presa Jorgina de Freitas, aquela que fraudou o INSS.

terça-feira, junho 29, 2004

Refazendo os laços
Vê se não some. Li isso há pouco no blog do Ururau, num comentário da Simone Pedro. E estava com isso ecoando na minha cabeça desde a última sexta-feira, quando a mesma Simone falou esta frase quando se despediu de mim, lá em casa, depois de termos gravado entrevista para a Inter TV junto com o Alexandro F.. Vê se não some. Esta é a promessa que andamos nos fazendo, nos dando conta da falta que faz o JR por aqui. Antes, sequer poderíamos imaginar não nos encontrar. Em algum momento, o Jorge ligaria e a intimação seria feita. Agora, estamos feito formandos da oitava série. Nos prometendo. Trocando telefones. Será que não sumiremos?

Agenda
Fechada a próxima apresentação da Mutável Saralho Band. Será na Academia Campista de Letras, no próximo dia 19, às 18h, após bate-papo deste que vos digita com Jules Rimet sobre os novos autores da terra plana. Acho que vai ser algo como depor no Senado.

Coluna Terra Plana
Ah, tem mais: a moçada deste grupo mutante que anda escrevendo contos por aí vai ter uma página chamada Terra Plana no jornal Palavrarte, da Academia, um tablóide bimestral com textos literários.

segunda-feira, junho 28, 2004

Faculdade Murphy

A última da querida Faculdade de Filosofia de Campos: uma amiga da minha sala, ao término do 7º e penúltimo período do curso, é informada só agora pelo professor Orávio de Campos Soares de que não teria entregue um trabalho no período passado. O problema é que ela entregou e, como é costumeiro com todos os professores da instituição, assinou a ata antes que sua nota estivesse ali assinalada – pois os docentes têm um prazo rígido para entregá-las. E não é a primeira vez que isso acontece por lá. Só que, no caso dela, como já estava pendente numa outra matéria, terá que RETORNAR ao sexto período, depois de cursar todo o sétimo e se envolver ativamente em seu TCC. Dá pra acreditar nisso?! E ainda, como as notas já foram enviadas ao MEC, nada mais resta fazer. Talvez.

Casca Dura

Eu avisei, eu avisei. Jorge Rocha estava indo para BH montar uma filial do Assis. Eis a prova irrefutável. O incauto, sob o psedônimo nada original de São Jorge Casca Dura, já deu o primeiro passo em seu plano rumo à expansão do império: montou um site no estilo “Tudo para seu bar”. Até os copos são iguais aos de Assis. E ainda teve a cara de pau de colocar musiquinha do Jota Quest como tema de abertura, querendo se passar por mineiro. Marketeiro! Traidor do movimento! Tinha que ser coisa de punk arrependido...

O royalty é nosso?
Está no ar a quarta edição do Boletim Petróleo, Royalties & Região, do Mestrado em Planejamento Regional da UCAM. A edição traz entrevista com o deputado federal Mauro Passos (PT-SC), que quer mudar o critério de pagamento dos royalties, estendendo-o de modo mais igualitário a todos os municípios. E ainda: pesquisa do Cepecam mostra que a maioria dos campistas sabem que a cidade é rica, mas não tem a menor noção de quantos milhões estão na roda. Para ler o boletim, clique aqui.

Recaída
César Ferreira agora está com uma palhaçada de ameaçar no blog quem fala mal dele, dizendo que está perto de descobrir de qual computador partiu a gracinha e coisa e tal. Parece coisa de uma gente estúpida que conheço. Só falta dizer que vai processar...

Terra plana chamando
Ei, JR, dá notícias aí da sua vida... Já leu a obra completa do Pedro Nava? Já foi na feirinha comprar buginganga? Já foi a show do Pato Fu na Pampulha? Já decorou todos os estados brasileiros que dão nome a ruas? Ah, mais importante: Já descobriu a diferença de preços entre a Turminha Feliz e a Pampers?

[momento am]
Abraço para o poeta Artur Gomes, que avisa a meio mundo, através do seu poderoso spam, que as fichas de inscrições para o VI FestCampos de Poesia Falada e para o XIV Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho estão no seu site.

domingo, junho 27, 2004

Promoção especial

Serviço de utilidade pública. Desde a terça-feira, uma padaria próxima ao Hospiutal Ferreira Machado está com uma promoção especial: Brizolinha a R$ 0,10.

A melhor propaganda da TV brasileira

Surge uma tela preta, com a logo da MTV ao fundo, enquanto uma voz raivosa destila: "Tédio, falta de criatividade, confusão, burrice e conformismo. Desliga a televisão e vai ler um livro!". Faltou apenas um mísero detalhe. É incrível a falta que um pequeno palavrão faz quando se quer enfatizar uma determinada questão. Leia de novo: "Tédio, falta de criatividade, confusão, burrice e conformismo. Desliga a televisão e vai ler um livro, PORRA!".

sábado, junho 26, 2004

Descaso
O Museu Histórico de Campos há tempo espera por uma restauração e pela valorização do que pode ser visto em seu interior. Clique AQUI e veja uma foto do museu.

sexta-feira, junho 25, 2004

Tchau

Deve ter algum motivo justificável (e ainda não publicado nos jornais), mas não entendo essa mobilização em torno do 56º BI, cujo próximo plano é promover um grande abraço e fechar a BR. O exército, afinal, não serve primeiramente para manter a integridade do território nacional? Nada mais justo que a cambada voe direto para a Amazônia proteger nossas fronteiras, ao invés de ficar aqui, recebendo dinheiro público para brincar de fazer flexões. “Vai abrir espaço para a construção de um presídio federal”? Bom, aí já é outra mobilização. “O exército salva os jovens da marginalidade”? Pois é, mas, onde fica a incompetência administrativa dos governantes que não oferecem oportunidades/condições dignas? Tudo isso cheira mais a bairrismo sendo posto à frente de patriotismo (duas besteiras, mas enfim). Seria mais proveitoso aproveitar as mãos dadas e dançar anarriê.

Jimmy in Rio

A TG já pode preparar a excursão. Jimmy Page, aquele, o discípulo do satã, estará no Rio de Janeiro em julho visitando a ONG Casa Jimmy, que ajuda a bancar, e aproveitará a ocasião para tocar com o Afroreggae, no Conexões Urbanas – série de shows gratuitos nas favelas. A apresentação deve acontecer no trecho que separa as favelas de Vigário Geral e Parada de Lucas, agora pacificadas. Enquanto isso, cantores de deus se esmeram em palanques políticos e show business da TV. Por falar nisso, alguém já tentou tocar disco gospel ao contrário? Brrr...

“História de amor acaba em zebra”

Em 25 de junho de 1954, O Globo deu a capa do jornal para o nascimento de uma zebra (!) num zoológico no Rio. O acontecimento foi ainda narrado com detalhes, desde o inicial desdém da fêmea até que tudo teve um final feliz. E com direito a foto. Deve ser chato viver num tempo em que todo mundo quer virar celebridade.

Previsões, horóscopos, umbadistas, redundâncias...

* A Folha 2 de hoje deu a capa para o pai Ivanildo. Esse cara é um sacana. Nos tempos de jornal A Cidade, fui incumbido de fazer uma matéria com o dito cujo, previsões de ano novo, enfim. Ao final da entrevista, ele calhou de jogar búzios para mim (sei bem se era isso não, uma porção de pedras sendo arremessadas numa vasilha). Vá lá: Ele disse que eu gostava muito de branco; eu estava usando uma camisa branca. Ele disse que eu tinha encontrado “o amor da minha vida”; eu estava namorando (ele a conhecia inclusive), o namoro de três anos já estava cambaleando, mas, vá lá. Nos despedimos, voltei ao jornal, redigi a matéria, fui para a casa dela. Tudo isso aconteceu à tarde. À noite, terminamos.
* Admito que talvez tenha sido vingança dos deuses. Naquele tempo eu gostava de brincar de reescrever horóscopo no jornal...
* Por falar nisso, alguém sabe dizer qual a relação que existe entre umbanda e homossexualidade? É tipo uma deserção espiritual gay? Uma forma de se promover “Pais” gays? Nada contra (desde que não arriem minha calça), mas é que a quantidade de umbandistas homossexuais foge do âmbito dos acasos.

Praga

Lendo o post do Vitor Menezes, lembrei de uma ida ao Rio. Esperando o metrô, um carioca começa a tagarelar e, em pouco tempo, diz que tem parentes por essas bandas; no ponto de ônibus, o papo com uma carioca revela o mesmo; no museu, estou crente que não encontraria nenhum conterrâneo, mas... ok, sou espiado pela estátua de Nilo Peçanha. Mais tarde no barzinho da esquina, violão vai, violão vem e, “opa!, você é de Campos?! Meu pai é de lá!”. Ahan, tá. Só pode ser perseguição, pensei. Desabafo com um amigo também campista que, como bom amigo e filho de campista, logo me consola: “Pior aconteceu com meu pai. Há muito tempo foi aos Estados Unidos e encontrou um brasileiro. Adivinha de onde ele era...?”. Tem jeito não. É quase uma praga que se dissemina pelo mundo. Vai, Seu Jorge. Talvez no futuro seu primogênito tenha o desejo de fazer o caminho inverso do pai.

[momento am]
Abraço para César Ferreira, o Smurf Ranzinza, que faz aniversário amanhã e convida todos em seu blog para um ato de fé cristã.

Acaba logo!
Não aguento mais ouvir neguim perguntando quem matou Lineu. Pu-ta-que-pa-riu! (Opa, pode xingar aqui? Porra foi mal) E o pior é que já estou vendo assombrações: ontem passou um Lineu, vivinho da silva, desfilando lá na Fafic. Quase matei.

Mudanças no Grupo Vasconcelos
A trama toda deu certo: A agente Ana Elisa Ribeiro, contratada pelo urgente!, conseguiu levar JR para Belo Horizonte e, agora, vamos ter um correspondente na capital mineira. O agente infiltrado e-duardo vem em julho, no reforço, para garantir a permanência do jornalista-escritor nesta sucursal. Agora, vamos fazer movimentos sórdidos de bastidores para enviar um correspondente para o Rio, já que o nosso, enviado muito antes do urgente! existir, se amancebou com um fotógrafo e não dá mais as caras por aqui. Tem também a praça de São Paulo, mas, reconhecemos, mandar alguém pra São Paulo é muita maldade.

quarta-feira, junho 23, 2004

Convite à leitura
Toda terça-feira, no Monitor Campista, é publicado um texto de minha autoria no Monitor Mais - o segundo caderno do jornal. A seguir, o trecho de "Pasárgada, onde fica?". Se quiser ler este texto (e outros já publicados), basta navegar no blog VERBO SOLTO.

Pasárgada, onde fica?
Após muitos anos sem vê-la, encontrei uma antiga professora numa agência bancária (...). Eu estava ciente de que a mulher de cabelos alvos como a neve teria a preferência sobre mim (...). Aí, escutei seu nome e ouvi comentários sobre a mais recente dor que sofreu. Um triste caso de assassinato na família (...)

* Já disse, pra ler tudo, acesse o VERBO SOLTO. Espero você lá!

terça-feira, junho 22, 2004

Arrume sua casa para receber o céu
Não é minha intenção chamá-la de benhê, mô e bizarrices lóvistori congêneres. A sintonia é tão tanta que ela me escreveu, antes mesmo que eu pudesse colocar esta idéia impressa, pedindo para que nunca recorresse a clichês do gênero. Descanse, eu disse, conhecedor de que sempre existi mais do que probabilidade. Já estamos fora dos padrões, convenções e repetições de modos há algum tempinho. Aí estão o bebê predestinado e essa saudade pistoleira que não me deixam mentir.
E é justamente atingido por estas balas de prata que me pego olhando pra dentro de mim mesmo. Todos meus sentidos em riste apontam minhas memórias. E lá está ela, me perguntando “que ?” a cada vez que me pega olhando fixamente para o modo como anda, como fala, como age. E, a cada vez que isso acontece, aquele sotaque escancara todas as terminações nervosas dos ouvidos e vai bater bem lá dentro desta minha combalida caixa toráxica. Daí que sou abatido, por dentro, por aquele sotaque que, anunciando que seremos todos mais felizes, andou ecoando pelos cômodos desta casa. Especialmente no quarto, em momentos de animadas conversas sobre apreços, pontuando nossos desejos. Um sotaque que fazia a diferença, mesmo quando estávamos em silêncio.
E o que dizer do jogo de busca pelas minúcias ? Haveria pudores em falar das sacanagenzinhas ensejadas e praticadas na surdina ? Talvez eu devesse falar da mão no meu queixo, um gesto quase ninja, como a pedir para que eu ficasse quieto ? Ou das imagens em vídeo que ela trouxe de suas entrevistas, especialmente aquela imagem que ficou parecendo cena filmada pelo Bertolucci e me fez abraça-la ainda mais forte ? Poderia ser igualmente marcante o momento em que ouvimos novamente uma música do Cordel do Fogo Encantado, lembrando do primeiro show que assistimos juntos ?
Ou quem, sabe, seja melhor sintetizar. Tratamos aqui de um jogo sensorial de reconhecimento, que inclui uma toalha molhada jogada na cama: única reclamação que acabei deixando escapar. Ela me disse que teve medo em bagunçar minha casa funcional, devido às marcas de método visíveis por todo o lugar. Bullshit, eu pensei, mas não disse. Acabei dizendo que, somente agora, com trinta anos, é que fui entender o que é saudade.
São mostras de uma estratégia de sintonia fina, como não canso de dizer, azeitadas por descobertas cotidianas de duas pessoas que gostam de trabalhar com silêncios. Como o silêncio que um mantinha enquanto vigiava/pesquisava o modo como o outro dorme. Uma brincadeira de gato e rato que praticaremos com nosso bebê, ensinando-o como pode ser fascinante e estimulante o processo de viver juntos. Uma lição reforçada com os carinhos aprendidos. Carinhos tão necessários para nós dois, como passar óleo em sua barriga, espalhando perfume de amêndoas no que é habitat natural para nosso bebê.
Já disse: todos meus sentidos ficam em riste diante dela. Por isso, bateu mais forte o cheiro de amêndoa estampado em meus dedos, enquanto o ônibus partia em direção de Belo Horizonte. E este cheiro me conectou ao momento em que ela abraçou meus pais quando se despediu, ouvindo deles que apostam que me fará feliz.
Naquela noite, me permiti, talvez pela primeira vez, sonhar com o futuro.



[Escrevi este texto logo depois que Ana Elisa Ribeiro voltou para Belo Horizonte, depois de passar o Ano Novo comigo, aqui nesta terra plana. Apenas duas ou três pessoas, incluindo Ana, conheciam este texto, que não é minha forma habitual de escrever. Relutei muito em publica-lo neste blog, mas considero que este é um momento propício.]

Perdeu, playboy
Jules Rimet não compareceu à sua festa de aniversário, realizada ontem no Assis. Estava de luto por conta da morte de Leonel Brizola. Com esta ausência, acabou não “conhecendo” Miyuiko, a gueixa oriental da Baixada Campista, que alugamos como presente para ele. Tivemos que dispensar seus serviços. Tremenda desfeita, Jules.

Malditas piadas internas
Churrasquinho literário é o que há.

segunda-feira, junho 21, 2004

A ponte
A quarta ponte de Campos, prometida pela governadora Rosinha Garotinho, promete unir mais do que Guarus ao Centro da cidade. O jornalista Roberto Barbosa, que escreve a biografia do ex-prefeito Zezé Barbosa, garante que o eterno desafeto de Garotinho vai prestigiar o lançamento do projeto, nesta quarta-feira, na sede da Associação Comercial de Campos (ACIC). “Não tenho nada contra Rosinha”, diz Zezé. Garotinho deve estar presente.

Momento AM

Abraço para o amigo João Paulo Arruda, que, depois que virou editor executivo do Extra, não manda mais notícias. Doc Holliday te espera no curral ok.

domingo, junho 20, 2004

Manos velhos
Amanhã será dia de bebedeira dupla. Jules Rimet e Alexandro F ficarão mais velhos. E vão pagar todas as rodadas de cerveja no Assis.

sexta-feira, junho 18, 2004

Bem na foto
Todo mundo hoje na Bienal, para o lançamento de Impressões, livro do caro amigo Wellington Cordeiro. O primeiro que chegar ganhará uma bala jujuba, oferecida por César Ferreira.

quinta-feira, junho 17, 2004

Flashbacks da mesa na Bienal
Uma banda tocando atrasou bastante o início do bate-papo. Vitor Menezes desfiou estatísticas, como um verdadeiro gentleman. Jules Rimet ficou indignado, porque saiu no Terraplana que ele é pervertido. Eugênio Soares desancou os memorialistas. Um monte de gente amiga em volta. A "revelação" de que eu participei do I FestCampos de Poesia Falada. As caretas de Artur Gomes enquanto Arlete Sendra falava de sua poesia. César Ferreira sem reclamar. Eu apresentei Jules Rimet como o melhor escritor de Campos da atualidade. Uma dose de uísque para cada um dos palestrantes molhar a palavra. Eu bebi a minha dose e a do Eugênio Soares. Rodrigo Florêncio não pôde ir. As discussões sobre escritores marqueteiros. Marco Antonio Gondim disse que fazemos parte da Conspiração Aquariana. Marcelle Louback foi pega de surpresa para interpretar um conto no sarau. Gustavo Soffiati fez três perguntas um tanto quanto impertinentes. Renata Lourenço disse que eu estava vestido de Paulo Coelho. Vitor Menezes ainda reluta em se assumir. Como escritor, bem entendido. Márcio Aquino, Alexandro F, Quésia F e Simone Pedro foram devidamente apresentados à platéia. Douglas Venoso não foi. André Zamana, vestido como Família Buscapé também interpretou contos. O discurso de Arlete Sendra sobre a necessidade de aproximar a "nova geração" e a Academia Campista de Letras. A bebemoração depois da Bienal, emendando o assunto. Felipe Sales foi embora cedo e não esticou no Assis. Vanilze de Carvalho, filha de Waldir de Carvalho, quis ser "adotada" por nós. E isso é só o começo.

Terra de estante
Ana Elisa Ribeiro fala aqui sobre como o amor é fodido.

Update
Tem edição nova de Paralelos no ar. Dessa vez, sobre poesia. Há ainda uma resenha-conversa deste que vos digita com João Filho, sobre Mal pela raiz, livro de estréia de Jorge Cardoso.

quarta-feira, junho 16, 2004

Sabe tudo
Reparem, na foto que o César Ferreira publicou da nossa mesa na Bienal, ontem, para quem José Cândido de Carvalho está olhando atentamente. Esse cara sabe das coisas. E já deve ter escolhido o seu predileto da nova geração.

terça-feira, junho 15, 2004

Conselho

Por falar nisso, aí vai um serviço de utilidade pública: muito, mas muito! cuidado com a esfirra vendida no Café Literário.

Mensagem subliminar

Observação de uma amiga, estudante de Design, durante a Bienal de Campos: a logo do evento é (ou se parece) com um coração, ora pois, símbolo do atual governo. De cabeça para baixo, no entanto, a logo parece (ou é) uma bunda defecando.

Intimação
Todo mundo hoje no Café Literário da III Bienal, às 19h, para o bate-papo que eu, JR, Jules Rimet e Eugênio Soares teremos sobre literatura campista.

segunda-feira, junho 14, 2004

Osorianas I
Osório Peixoto é um figuraça. Estava tão à vontade no Café Literário onde lançou o seu 500 anos dos Campos dos Goytacazes, no último domingo, que chamou uma sobrinha e um neto para ficarem ao seu lado durante o bate-papo. Disse que era para não se sentir muito sozinho.

Osorianas II
Em outro momento, o escritor brincou com o fato de ter recebido uma bolsa mensal da Prefeitura para fazer o livro. Disse que comeu esse tempo todo, foi ao cinema, e que agora tinha a obrigação de dar o livro de graça para o povo, lembrando, em seguida, o problema de serem apenas mil exemplares.

Osorianas III
Com a ajuda dos amigos, também lembrou do tempo em que trocava livro por peixe no Mercado Municipal e de uma hilária história dos tempos da ditadura, quando escolheu um lugar insuspeito para se esconder dos milicos: um hospício.

Osorianas IV
Sem cerimônia, Osório Peixoto jogou no colo do mediador, o professor Hélio Coelho, uma pergunta chata feita por Zacarias Albuquerque sobre o caráter administrativo das câmaras municipais no Brasil Império. Helinho, habilidoso como só ele, deu conta do recado.

Osorianas V
Ivan Viana, querendo transformar Osório em herói da resistência ao Golpe de 64 logo a partir do 1º de abril daquele ano, mandou pergunta com jeito de cruzamento na área: "Osório, você lembra da manifestação popular que fizeram na Praça São Salvador logo no dia seguinte ao Golpe? Não tenho notícia de que tenha havido uma semelhante em nenhuma outra cidade do país..." Ao que Osório respondeu candidamente: "Lembro não, estava em Atafona".

Osorianas VI
Depois de uma longa fila de autógrafos, Osório admitia: "já estou indo na intuição, passo a mão no braço pra ver se é homem ou mulher e mando a dedicatória. Não estou enxergando mais nada".

Missão cumprida
Tem sido bacana ver o Terra Plana circular na III Bienal. Muita gente reclamando da impressão. Muita gente reclamando de um detalhe ou outro. Mas muita gente parando para ler no Café ou guardando para ler em casa. Valeu a pena a maluquice que foi tê-lo feito. Acho que Jorge Rocha e Rodrigo Florêncio devem achar o mesmo.

Deixe-o falar
Ivan Proença, professor e escritor que esteve no Café Literário do primeiro dia da III Bienal do Livro de Campos, no sábado, é um sujeito que merece ser ouvido, ouvido e ouvido, pelo tempo em que ele quiser falar, por tudo o que ele representou na luta pela democracia no Brasil. Mas sua persistente visão maniqueísta de mundo é de um atroz anacronismo. Não por acaso, fez tantos elogios à senadora Heloísa Helena.

Parceria
Eis aqui dois contos feitos em parceria por este que vos digita e Löis Lancaster. A proposta foi a seguinte: cada um escreveria um trecho do conto do outro. Descubra quem escreveu o que.

domingo, junho 13, 2004

Bienal do Livro
Como é bom ver crianças interessadas pela leitura. Clique AQUI e veja uma cena capturada na III Bienal do Livro de Campos, que começou no sábado, dia 12, e prossegue até 20 de junho na Fundação Rural de Campos. Entrada franca.

sábado, junho 12, 2004

Que bom que disse...
O jornalista Boechat, divulgou neste sábado, dia 12, na coluna que assina no JB, que o carteiro de Campos (RJ), Rogério da Conceição Silva, foi a última pessoa escalada para correr com a tocha olímpica. Neste domingo, no Rio de Janeiro, o carteiro vai representar 60 mil colegas do país. A escolha dele, segundo o colunista, foi uma retribuição ao selo olímpico criado pelos Correios.

Até quando?
Quem vai dar um ponto final NISSO? Cena tantas vezes vista, em um valão, na Avenida Visconde do Rio Branco, em Campos (RJ).

quarta-feira, junho 09, 2004

Caso Arnaldo x MP na pauta do TJ
Está previsto para 15 de junho, próxima terça-feira, o julgamento do Agravo de Instrumento em que são partes o prefeito de Campos, Arnaldo França Vianna (e outros) e o Ministério Público, que é o autor (agravante) no Agravo. O recurso está na Nona Câmara Cível sob o nº 2003.002.13182 (2ª instância). O relator é o desembargador Renato Simoni.

A Ação Civil Pública foi proposta na 4ª Vara Cível de Campos, processo nº 2003.014.016724-4, mas houve recurso pra segunda instância, o Tribunal de Justiça.

Obtive a data do julgamento através de consulta no site do Tribunal de Justiça. Veja AQUI. Caso não consiga visualizar, consulte por AQUI.

terça-feira, junho 08, 2004

Sina?
Se a tradição for mantida, Geraldo Siqueira Pudim, caso eleito, em pouco tempo deverá ser adversário político de Anthony Garotinho (pra não dizer inimigo). Explico: Pudim, conforme anunciado pelo PMDB local, será o candidato do partido (lê-se também de Garotinho) à sucessão municipal em Campos. O passado mostra que prefeitos apoiados por Anthony Garotinho deixaram de seguir o "mestre". São eles: Sérgio Mendes (1993/1997)e Arnaldo Vianna (1998/2004).

[momento am]
Abraço para o bravo colega Avelino Ferreira, que ainda aguarda que alguém viabilize a publicação do seu livro sobre José Cândido de Carvalho. Churchill até já ofereceu a sua impressora-editora.

Exclusivo!
Roberto Carlos se apresentou em Campos no domingo passado e só a urgentista Fátima Nascimento viu. Olha só.

segunda-feira, junho 07, 2004

Site da Bienal
aqui tudo o que você queria saber sobre a III Bienal do Livro de Campos.

Contradição
O novo partido da esquerda que não é governo, o PSol (Partido do Socialismo e da Liberdade), que pede hoje registro provisório, nasce abrigando uma contradição. Alguém aí já viu Socialismo e Liberdade num mesmo lugar?

Outros tempos
Já comentei dia desses sobre as mudanças na Agência Brasil. Mais um exemplo: um dos destaques de hoje no Portal é a greve de 24 horas que os petroleiros prometem para amanhã. Olha só. Dá para imaginar uma coisa dessa em qualquer governo passado?

Chamada
Atenção, moçada. Nada de esticar o feriado para sumir da cidade. No sábado, 12, começa a III Bienal do Livro de Campos, no Parque de Exposições da Pecuária. Na terça, 15, vocês já sabem, este que vos digita, Eugênio Soares, Jorge Rocha e Jules Rimet estaremos, às 19h, no Café Literário, batendo papo sobre a literatura campista da tal "nova safra".

quinta-feira, junho 03, 2004

Impressões
A WTC, empresa do professor Wainer Teixeira Castro, vai virar WTC Editora e promete profissionalizar o mercado de livros na região. E o primeiro lançamento da nova editora será o livro Impressões, do nosso bravo coleguinha Wellington Cordeiro, no dia 18, no stand da Vozes na III Bienal do Livro de Campos. A obra traz fotos acompanhadas de pequenos textos literários de jornalistas, professores e escritores campistas.

[momento am]
Abração para a coleguinha Patrícia Bueno e para a moçada do Monitor Campista, jornal que fez um registro bacana hoje sobre a presença dos tais, digamos, escritores da "nova safra" campista que estarão na terça, 15, às 19h, no Café Literário da III Bienal do Livro de Campos.

Isso é que é feira do Livro
Que Flip que nada. Feira do Livro é o que vai acontecer amanhã, sexta-feira, na Feira da Roça, próxima à Rodoviária Velha, em Campos. Às 12h, a pesquisadora Delma Pessanha Neves, da Uff, vai lançar Do Imbé, novos horizontes. Processo de construção de um assentamento rural. A idéia do livro é publicar, em liguagem acessível, os resultados de sua pesquisa de doutorado sobre trabalhadores rurais.

O livro pela autora
"Este é um livro que reúne depoimentos de trabalhadores rurais que, integrados a um universo doméstico e fabril que se constituía em torno de uma usina de açúcar no município de Campos dos Goytacazes, estado do Rio de janeiro, viram, em poucos meses, o mundo desabado pela falência da empresa e pelo consequente desemprego. Acompanhando durante longo tempo a experiência destes trabalhadores no processo de sua constituição como assentados rurais, fui registrando depoimentos sobre os dicersos momentos da caminhada de lutas, conquistas e desânimos.
Neste sentido, salvo minha constribuição na organização e seleção de trechos dos depoimentos, na adequação da linguagem falada à escrita, este é um livro de autoria dos trabalhadores que se constituíram, mediante vinculação ao processo de reforma agrária, em pequenos proprietários e produtores agrícolas."

terça-feira, junho 01, 2004

Denúncia bombástica

Uma manifestação pró-Arnaldo agora, no centro de Campos, deve contar com grande número de gente. O QG será na rodoviária antiga rumo à Praça São Salvador, onde se reunirão outros partidários. Dentre os quais, uma colega que trabalha no Navegar é Preciso, obrigada a participar da manifestação sob o risco de perder o emprego. Depois desse furo acho que vou pro Fantástico...

Liberdade?! Han?!!

No Dia da Imprensa, o máximo que se fez por aqui foi reescrever (e olhe lá) release da programação da Semana da Imprensa da AIC. Nenhum editorial, nenhuma arte, agrado, materiazinha especial, nada, nada que se reflita sobre a importância da mídia e a necessária liberdade de empresa, ops, de imprensa na região. Falar isso parece até piada. E é, em vista do enforcamento coletivo diariamente protagonizado do alto das bancas de jornal, para o dissabor do martírio público. Talvez por maior identificação, o dia 1º de Abril tem merecido melhor atenção.

ONU pró-MST

Invadir terras improdutivas e prédios abandonados é um direito legítimo dos miseráveis brasileiros. Essa foi a conclusão da ONU, através de seu relator especial para o direito à moradia, o arquiteto indiano Miloon Kothari. Seu argumento refere-se às favelas e cortiços como fruto de uma negligência histórica, e que o país tem movimentos sociais capazes de fazer justiça social. A informação estava enrustida numa quina de página do jornal O Globo de hoje – e que, por sinal, vem de encontro à matéria de capa dessa semana da revista Veja, escarrada naquele tom muito bem conhecido. O Miloon também disse que o Brasil precisa dizer não às exigências do FMI de cortar gastos sociais e subsídios aos miseráveis, já que, tal qual a África, “o governo brasileiro tem que usar o argumento dos direitos humanos para defender a condição de vida de sua população”.

Churchill na área
O jornalista e escritor Winston Churchill Rangel deixou o sossego da Praia do Morro para passar temporada em Campos trabalhando no lançamento do seu Do Grande Medo. Na sexta, às 16h, tem pré-lançamento na Ao Livro Verde; e, às 19h, tem lançamento pra valer na Academia Campista de Letras, no Jardim São Benedito. O lançamento faz parte da 14ª Semana da Imprensa, promovida pela Associação de Imprensa Campista.

Palestra hoje

Hoje, Dia da Imprensa, tem coquetel e palestra com a jornalista, poetisa e escritora Nísia Campos Teixeira, diretora do jornal A Voz do Povo, de Bom Jesus do Itabapoana, sobre a imprensa no interior do país. Será às 20h, na AIC.

Caraca!
Tenho em mãos, para ler com a solenidade devida a uma estréia, a revista Caraca!, que promete ser "alguma coisa para ler em Campos". De cara, gostei do nome e do slogan. Também gostei da bricadeira com o índio (na capa e na seção de humor). Mas há senões: o inconsistente projeto gráfico, cheio de altos e baixos, estão aquém do ótimo papel e da excelente impressão. E, no conteúdo, nada de novo, o que não deixa de ser preocupante para uma iniciativa que promete "surpreender". O projeto editorial parece mal definido e a promessa de ser uma revista que "não misture matérias com anúncios" começa sendo quebrada num suspeitíssimo "perfil" de um candidato a prefeito. Mas, ainda assim, que seja bem-vinda a nova revista.

Dica
Taí um artigo bacana e sensato sobre a relação entre blogs e literatura.

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